Paralisação dos profissionais da educação reúne cerca de mil trabalhadores em Cuiabá

Paralisação dos profissionais da educação reúne cerca de mil trabalhadores em Cuiabá

As caravanas vindas de três regionais reuniram trabalhadores da educação estadual, em sua maioria, bem como, da rede municipal. Nas demais regionais, os atos foram realizados pelas subsedes do Sintep-MT

Cerca de mil trabalhadores da educação pública de Mato Grosso participaram do Ato Público convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), desde às 8h da manhã de quarta-feira (26/04), em Cuiabá, concentrados em frente à Assembleia Legislativa do estado. A paralisação que integrou a agenda nacional da 24ª Semana de Defesa e Promoção da Educação Pública, registrou manifestações também em vários municípios do estado.

A greve nacional que pauta a defesa pelo cumprimento da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional e pela Revogação do Novo Ensino Médio (NEM), contou com apoio do movimento estudantil da Baixada Cuiabana. O segmento se uniu aos profissionais da educação da rede estadual para cobrar a revogação do NEM e contra a militarização das escolas públicas no estado.

Uma pauta extensa foi apresentada pelos dirigentes sindicais com foco na rede estadual, tendo como temas estruturantes a defesa por Carreira, Piso Salarial e Jornada Única. Direitos assegurados na Lei Orgânica dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso (Lopeb) e que são descumpridos pelo executivo estadual desde 2019, com apoio da maioria dos parlamentares da Casa Legislativa.

Durante as atividades que contou com passeata no Centro Político Administrativo, passando pela Secretaria de Estado de Educação e Palácio Paiaguás, ambos espaços de decisões das políticas educacionais, foram feitas várias manifestações de dirigentes e profissionais da educação. 

Todos destacaram a sobrecarga de trabalho, o uso indevido dos períodos de descanso para participação de projetos e cursos virtuais; o achatamento salarial com perdas no ganho real. Citaram a política meritocrática do governo com a manobra que substituiu a valorização salarial por uma portaria que estabelece gratificação em forma de bônus, tendo como fundamental a presença regular no maior número de atividades propostas pela Seduc-MT.

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, relatou durante as atividades o total descompromisso do governo Mauro Mendes com a educação, destacando o desmonte não apenas dos direitos salariais, com o pagamento parcial da Revisão Geral Anual, mas com o fim da lei do ganho real, que assegura o poder de compra dos trabalhadores, agora em 2023 (Lei 510/2013). Destacou também os ataques feitos à Educação Superior estadual, a gestão democrática nas escolas e a implantação de escolas militarizadas.

“O governo Mauro Mendes desmontou a educação e busca criar um apartheid social, com escolas para pobres e outras para atender aqueles que não podem colocar os filhos em escolas privadas e não aceita que convivam com a diversidade das escolas públicas. Além de tudo isso, atacou os aposentados com o confisco das aposentadorias”, destacou.

Todas as angústias dos profissionais da rede estadual, incluindo merendeiras, limpeza e vigias, foram elencadas e entregues num ofício com as pautas à deputada estadual, Janaina Riva, presidente em exercício do parlamento estadual, durante uma audiência, que recebeu uma comissão de profissionais da educação. Na oportunidade dirigentes do Sintep-MT solicitaram a intermediação da Assembleia Legislativa no convencimento do executivo para atender as reivindicações da categoria.

A mobilização teve ainda a participação da representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e secretária de Políticas Educacionais do SIntep-MT, Guelda Andrade, e do presidente da CUT-MT, também dirigente do Sintep-MT, Henrique Lopes.

Confira as fotos da paralisação no facebook do Sintep-MT

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